Moda e inclusão: o segmento adaptável tem transformado o mundo e as passarelas

Por Communicare

Com transformações políticas, as minorias têm ganhando espaço e sendo protagonistas de seus segmentos dentro do mundo da moda. 

Por Janaína Bernardino

Todos sabem que o mundo da moda têm grandes dificuldades de ser inclusivo e diverso, reforçando sempre um padrão irreal que é configurado constantemente para um único corpo. No entanto, este cenário glamoroso, elitista e  preconceituoso tem se alterado a curtos passos, mas com grandes transformações têm gerado impactos que fortalecem múltiplas causas e pessoas. 

O jornalista, maquiador e idealizador do canal “Herdeira da Beleza”, Tássio Santos, é uma dessas potências que têm contribuído para a realização de  um novo contexto, sendo a inclusão e as minorias suas principais bases. Inclusive, um de seus projetos “O tom mais escuro”, aponta a problemática que percorre as makes para a pele preta. Dessa forma, utiliza-se do seu canal, como uma ferramenta social para propor que as marcas passem a criarem mais produtos voltados para a comunidade negra, visto que a mesma sofre com a falta de materiais que se adequam ao seu tom de pele.

O seu projeto mais recente,  lançado no  Dia da Consciência Negra (20/11), o podcast “Sentidos da Beleza”, foi pensado para incluir a comunidade cega e com baixa visão, que por muitos é esquecida, pelo nicho da beleza. O maquiador oferece técnicas de automaquiagem, onde descreve os movimentos e  utiliza os sentidos como, tato, aroma e audição para promover uma experiência ideal e significativa. O podcast conta com 6 episódios, em que são lançados semanalmente nas principais Plataformas de Streamings, Instagram e Youtube. 

Portanto, a partir do podcast  promove a democratização e a inclusão a âmbitos que são vistos como exclusivos, além de fazer um trabalho de base que percorre a autoestima e o empoderamento.  Tássio oferece um espaço real que propõe um diálogo necessário a moda e afins, contribuindo para a valorização de um nicho plural que ressalta todas as especificidades. 

Algumas marcas também como, a Tommy Hilfiger – que lançou uma coleção idealizada para os deficientes físicos – e a Izzy Camilleri, estilista, que está a mais de 30 anos dedicando-se à moda e às roupas adaptáveis, estão embarcando nessa jornada. Ambas, promovendo e dando visibilidade a pautas que protagonizam pessoas com deficiência, a fim de evidenciá-las, como também, atender às suas demandas, não só perante a sociedade, mas integrá-las no mundo da moda também.

Aqui no Brasil, um exemplo de quebras de estigmas é a história de Ana Victória, a primeira modelo com microcefalia do mundo. Ana é o gatilho para milhares de jovens que almejam adentrar nesse cenário, inspirar e reeducar uma sociedade como um todo. A natural de Rondônia é da mesma agência que Gisele Budnma e tem sido a sensação nas passarelas de Nova Iorque, no mais, em companhia de sua mãe, têm tentado ressignificar contextos para aqueles que a assemelham. Um ato político de arte, amor e empoderamento.